O orgulho foi a causa da queda de nossos primeiros pais; estes, por não quererem submeter-se à lei divina, perderam a si mesmos e todo o gênero humano. Para reparar tão grande desgraça, o Deus de misericórdia quis que seu Filho unigênito se humilhasse ao ponto de assumir a natureza humana, e que pelo exemplo de sua vida nos movesse a amar a santa humildade e a detestar o orgulho que nos torna odiosos aos homens e a Deus. Eis por que devemos visitar a gruta de Belém; lá encontraremos o que admirar, o que amar, e o que imitar.
Sim, nessa gruta achamos primeiro o que admirar. Que veremos? Um Deus num estábulo! Um Deus sobre a palha. Esse Deus onipotente que Isaías viu sentado num trono de glória e majestade no mais alto dos Céus; onde o vemos agora repousar? Num presépio. E desconhecido, abandonado, sem outros cortesãos que dois animais e alguns pobres pastores; o Bem infinito que quis aviltar-se ao ponto de mostrar-se ao mundo como pobre criança, e isso a fim de se fazer mais amável, mais caro aos nossos corações.
Lá encontramos enfim um modelo a seguir. O Altíssimo, o rei do Céu reduzido ao estado mais humilde. Uma criancinha em extrema indigência; nessa gruta em que acaba de nascer quer começar a ensinar-nos com seu exemplo aquilo que mais tarde nos ensinará dizendo: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”.
Ficha Técnica:
ISBN: 9786587495071
Editora: Edições Livre
Dimensões: 16 x 23 cm
Idioma: Português
Páginas: 312
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